Depois de encerrar setembro com saídas líquidas de US$ 3,850 bilhões, o País registrou fluxo cambial positivo de US$ 2,021 bilhões em outubro, até o dia 28, informou nesta quinta-feira (3) o Banco Central.
O canal financeiro apresentou entradas líquidas de US$ 803 milhões no período. Isso é o resultado de aportes no valor de US$ 45,209 bilhões e retiradas no total de US$ 44,406 bilhões. O segmento reúne os investimentos estrangeiros diretos e em carteira, remessas de lucro e pagamento de juros, entre outras operações.
No comércio exterior, o saldo de outubro, até o dia 28, foi positivo em US$ 1,219 bilhão, com importações de US$ 19,246 bilhões e exportações de US$ 20,465 bilhões. Nas exportações, estão incluídos US$ 2,283 bilhões em Adiantamento de Contrato de Câmbio (ACC), US$ 3,647 bilhões em Pagamento Antecipado (PA) e US$ 14,535 bilhões em outras entradas.
Semana
O fluxo cambial registrado na semana passada (de 24 a 28 de outubro) para o Brasil ficou positivo em US$ 4,819 bilhões.
O canal financeiro apresentou entrada líquida de US$ 1,338 bilhão na semana, resultado de aportes no valor de US$ 12,717 bilhões e de envios no total de US$ 11,379 bilhões. Este segmento reúne os investimentos estrangeiros diretos e em carteira, remessas de lucro e pagamento de juros, entre outras operações.
No comércio exterior, o saldo na semana passada ficou positivo em US$ 3,480 bilhões, com importações de US$ 5,018 bilhões e exportações de US$ 8,499 bilhões. Nas exportações, estão incluídos US$ 992 milhões em Adiantamento de Contrato de Câmbio (ACC), US$ 1,378 bilhão em Pagamento Antecipado (PA) e US$ 6,129 bilhões em outras entradas.
Acumulado do ano
O fluxo cambial do ano até 28 de outubro ficou positivo em US$ 19,357 bilhões. Em igual período do ano passado, o resultado era positivo em US$ 18,786 bilhões. Já no ano fechado de 2021, houve entrada líquida de US$ 6,134 bilhões.
A saída líquida pelo canal financeiro foi de US$ 15,518 bilhões. O resultado é fruto de aportes no valor de US$ 478,504 bilhões e de retiradas no total de US$ 494,022 bilhões. O segmento reúne os investimentos estrangeiros diretos e em carteira, remessas de lucro e pagamento de juros, entre outras operações.
No comércio exterior, o saldo anual acumulado ficou positivo em US$ 34,875 bilhões, com importações de US$ 195,656 bilhões e exportações de US$ 230,531 bilhões. Nas exportações estão incluídos US$ 29,463 bilhões em Adiantamento de Contrato de Câmbio (ACC), US$ 51,793 bilhões em Pagamento Antecipado (PA) e US$ 149,275 bilhões em outras entradas.
Posição cambial
A posição cambial líquida do Banco Central atingiu US$ 214,587 bilhões O montante, que tem como referência o dia 28 de outubro, é exatamente igual ao saldo no fim de setembro e muito inferior à posição do final de 2021 (US$ 264,495 bilhões).
A posição cambial líquida traduz o que está disponível para que o BC faça frente a alguma necessidade de moeda estrangeira – como fornecer liquidez ao mercado em momentos de crise, por exemplo. É considerado pelo órgão o indicador correto para medir a resistência do País a choques externos.
A posição leva em conta as reservas internacionais, o estoque de operações de linha do BC (venda de dólares com compromisso de recompra), a posição da instituição em swap cambial e os Direitos Especiais de Saque (DES) do Brasil no Fundo Monetário Internacional (FMI).
Neste ano, esse a posição cambial líquida vem caindo devido ao aumento do estoque de swaps na virada do ano, relacionado ao desmonte de operações de overhedge dos bancos. Além disso, a posição de reservas internacionais também está recuando em meio ao aperto monetário global, especialmente nos Estados Unidos.
Em 28 de outubro, as reservas internacionais somavam US$ 326,356 bilhões. No fim de setembro, eram US$ 327,580 bilhões, o menor patamar desde março de 2011 (US$ 317,1 bilhões). No fim de 2021, o volume era de US$ 362,204 bilhões.
Swap cambial
Após perda de R$ 24,672 bilhões com sua posição em swap cambial em setembro, o Banco Central registrou resultado positivo de R$ 13,422 bilhões em outubro, até o dia 28, com estes contratos pelo critério caixa.
Pelo conceito de competência, houve ganho de R$ 9,383 bilhões no período. O resultado pelo critério de competência inclui ganhos e perdas ocorridos no mês, independentemente da data de liquidação financeira. A liquidação financeira desse resultado (caixa) ocorre no dia seguinte, em D+1.
Com a rentabilidade na administração das reservas internacionais, as perdas foram de R$16,405 bilhões. Entram no cálculo ganhos e prejuízos com a correção cambial, a marcação a mercado e os juros.
O resultado líquido das reservas, que é a rentabilidade menos o custo de captação, ficou negativo em R$ 27,176 bilhões em outubro, até o dia 28. Já o resultado das operações cambiais no período mostrou prejuízo de R$ 17,793 bilhões.
No acumulado de 2022 até 28 de outubro, o BC registrou resultado positivo de R$ 79,545 bilhões com posição de swap cambial pelo critério caixa. Pelo conceito de competência, houve ganho de R$ 69,567 bilhões.
O BC registrou ainda no período perdas de R$ 259,214 bilhões com a rentabilidade na administração das reservas internacionais. O resultado líquido das reservas ficou negativo em R$ 369,304 bilhões no acumulado do ano. Já o resultado das operações cambiais no período ficou negativo em R$ 299,737 bilhões.
O BC sempre destaca que, tanto em relação às operações de swap cambial quanto à administração das reservas internacionais, não visa ao lucro, mas fornecer hedge ao mercado em tempos de volatilidade e manter um colchão de liquidez para momentos de crise.
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