Ibovespa sobe 0,87% com alívio externo e quebra série de 5 baixas; dólar cai 0,46% e fecha abaixo de R$ 5

O Ibovespa fechou com alta de 0,87% nesta terça-feira (24), aos 113.761,90 pontos. Foi a primeira alta do índice nas últimas 6 sessões.

“Dia de alívio nos mercados globais, apoiados pelo otimismo com a temporada de balanços, com os investidores mirando os resultados de Alphabet e Microsoft, além de PMIs americanos positivos e notícias de que o governo da China irá realizar novos estímulos”, considerou Nicolas Borsoi, economista-chefe da Nova Futura Investimentos.

Além dos dados apresentados positivamente, tanto de indicadores quanto dos balanços, a guerra entre Israel e o Hamas não deu sinais de escalada e, cada vez mais, caminha para conflito restrito na região.

Em Wall Street, os principais índices fecharam em alta, com foco nos balanços trimestrais. Hoje, General Motors, Coca-Cola e Spotify apresentaram balanços acima das expectativas. Depois do fechamento, foi a vez de Microsoft e Alphabet.

No mercado de Treasuries, o título de dez anos caiu 2,3 pontos-base (pb), a 4,81%, enquanto o título com vencimento de 2 anos teve alta de 3,5 pb em seus rendimentos, a 5,097% e com vencimento de 5 anos subiu 1,5 pb em seus retornos, 4,808%.

O dólar encerrou o dia em queda de 0,46%, cotado a R$ 4,994 na compra e R$ 4,993 na venda. A moeda norte-americana também ficou em alta na comparação com as principais moedas do mundo, com o DXY subindo 0,69%.

No mercado de commodities, os preços do petróleo fecharam em baixa nesta terça-feira, 24, de até 2%, pressionados por sinais de contração econômica na Europa e pela valorização do dólar no exterior.

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Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para dezembro fechou em queda de 2,04% (US$ 1,75), a US$ 83,74 o barril, enquanto o Brent para janeiro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), caiu 1,75% (US$ 1,53), a US$ 87,16 o barril.

Por aqui, os juros caíram em todos os contratos. “As taxas de juros locais caíram, apoiadas pelo recuo das taxas das Treasuries, com os vértices de médio e longo prazo caindo 15 pontos, em média, com o vértice de janeiro de 2026 indo abaixo dos 11%”, destaca Borsoi.

No fechamento do dia, a taxa do DI para janeiro de 2025 estava em 10,945%, ante 11,046% do ajuste anterior, enquanto a taxa do DI para janeiro de 2026 estava em 10,82%, contra 10,975% do ajuste anterior.

Entre os contratos mais longos, a taxa para janeiro de 2027 estava em 11,01%, ante 11,165%, enquanto a taxa para janeiro de 2028 estava em 11,265%, ante 11,42%.

O destaque do dia, sem dúvidas, foi a recuperação da Petrobras (PETR3; PETR4), o avanço de mais de 2% da Vale (VALE3) com a alta do minério de ferro e o avanço da B3 (B3SA3).

“A queda dos juros auxilia e contribui para o otimismo no setor de varejo e consumo. Com isso, temos Alpargatas entre as maiores altas do dia. Porém, mesmo a queda de juros hoje não é suficiente para ajudar os papeis de Magalu e Casas Bahia. Luiza Trajano, mais cedo, comentou que a empresa está apanhando muito na bolsa por ter sempre acreditado em loja física, o que não animou os investidores”, destaca Fabio Louzada, economista e fundador da Eu me banco.

Entre as maiores altas do dia, estão CVC (CVCB3) que subiu 5,50%, a R$ 2,88, após alta de mais de 9% ontem, e Alpargatas (ALPA4), que avançou 5,24%, a R$ 7,83.

(com Reuters)

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