Dólar hoje sobe quase 1%, a R$ 5,23, com fiscal no Brasil e juros nos EUA no radar

O dólar à vista abriu com alta na sessão desta terça-feira (16), depois de um encerramento com alta no dia anterior. A movimentação representou a quarta alta consecutiva perante o real, chegando ao maior patamar desde março passado.

Se ontem a moeda foi puxada por dados do varejo nos EUA, hoje o que traz a valorização são os temores sobre próximos movimentos do Federal Reserve, a repercussão ainda da meta de superávit primário no Brasil e as possíveis tensões no Oriente Médio.

Qual a cotação do dólar hoje?

O dólar à vista tem alta de 0,84%, a R$ 5,228 na compra e R$ 5,229 na venda. Às 9h25, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia de 0,89%, aos 5.242 pontos.

Nesta terça-feira, o Banco Central fará leilão de até 12 mil contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 1° de julho de 2024.

Dólar comercial

Venda: R$ 5,228Compra: R$ 5,229

Dólar turismo

Venda: R$ 5,393Compra: R$ 5,213

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O que está acontecendo com dólar?

O dólar atingiu um pico em cinco meses em relação à libra e ao euro nesta terça-feira, um dia depois que dados mais fortes do que o esperado de vendas no varejo dos Estados Unidos elevaram os rendimentos dos Treasuries, aumentando as preocupações de uma intervenção de Tóquio já que o iene permanece em seu nível mais baixo desde 1990.

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Dados na segunda-feira mostraram que as vendas no varejo dos EUA aumentaram 0,7% no mês passado, em comparação com uma alta de 0,3% previsto pelos economistas consultados pela Reuters, reforçando as expectativas de que é improvável que o Federal Reserve se apresse em cortar os juros este ano.

Quanto menos o Fed cortar os juros, melhor para o dólar, que se torna mais atraente para investidores estrangeiros quando os rendimentos oferecidos pelo mercado norte-americano — já interessante por ser extremamente seguro — seguem mais altos.

Os rendimentos dos Treasuries de dez anos, referência global para investimentos, seguem com alta desde a manhã de ontem, assim com os contratos com vencimentos mais curtos.

“A economia dos EUA continua a crescer de forma muito sólida, em um nível acima da tendência de longo prazo, o que dá suporte a rendimentos mais altos dos títulos dos EUA e argumenta contra o corte da taxa de juros pelo Fed”, disse Kenneth Broux, chefe de pesquisa corporativa, câmbio e taxas do Société Générale.

Os mercados estão agora precificando uma chance de 41% de o Fed cortar os juros em julho, em comparação com cerca de 50% antes dos dados, de acordo com a ferramenta FedWatch da CME.

Investidores estarão atentos a pistas do chair do Federal Reserve, Jerome Powell, que fala ainda nesta terça-feira, em seus primeiros comentários desde que os dados de inflação dos EUA na semana passada foram mais fortes do que o esperado.

No Brasil, além dos olhares voltados para possíveis falas de Fernando Haddad em Washington, o Banco Central fará neste pregão leilão de até 12 mil contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 1° de julho de 2024.

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Na véspera, o dólar à vista fechou o dia cotado a 5,1835 reais na venda, em alta de 1,21%, maior valor de fechamento desde 27 de março de 2023.

(Com Reuters)

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