Ibovespa Futuro avança com atenção ao Copom e inflação nos EUA

O Ibovespa Futuro opera alta nas primeiras negociações desta quarta-feira (11), enquanto investidores ajustam posições antes da divulgação de dados de inflação nos Estados Unidos, enquanto aguardam o resultado da última reunião de política monetária do Banco Central no ano e acompanha o estado de saúde do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Os dados de inflação que serão divulgados às 10h30 (horário de Brasília) podem colocar o Federal Reserve no curso de cortar os juros novamente. Os investidores estão cautelosos porque, com uma chance de 85% de um corte na taxa básica na próxima semana precificada e os índices de Wall Street em torno de máximas recordes, o potencial de decepção existe.

No fim do dia as atenções se voltam para a última reunião do Comitê de Política Monetária sob o comando do presidente do BC Roberto Campos Neto. Pesquisa da Reuters aponta que a autoridade monetária deve intensificar sua campanha de alta dos juros com um aumento de 0,75 ponto percentual, mas operadores veem uma chance de 47% de um aumento de um ponto.

Às 9h16 (horário de Brasília), o índice futuro com vencimento em dezembro subia 0,25%, aos 128.715 pontos.

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Nos EUA, o Dow Jones Futuro operava com baixa de 0,08%, S&P500 subia 0,10% e Nasdaq Futuro tinha valorização de 0,18%.

De volta a pauta nacional, ficam no radar a saúde de Lula após ele passar por uma cirurgia de emergência no crânio e a publicação na véspera de portaria detalhando procedimentos e prazos para a liberação de emendas parlamentares, instrumento no centro de um mal-estar entre o Executivo e o Legislativo.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disse que vai trabalhar por um consenso para que medidas do pacote fiscal possam ser votadas ainda nesta semana.

O volume do setor de serviços do Brasil cresceu +1,1% em relação a setembro e teve alta de 6,3% na comparação com o mesmo mês do ano anterior, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira.

Ibovespa, dólar e mercado externo

O dólar à vista operava com alta de 0,22%, cotado a R$ 6,059 na compra e R$ 6,06 na venda. Na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,12%, a 6.064 pontos.

As ações em Hong Kong caíram, enquanto as chinesas registraram alta nesta quarta-feira, quando teve início uma reunião econômica anual em Pequim. Os mercados de Taiwan e Austrália também recuaram, enquanto as ações sul-coreanas avançaram pelo segundo pregão consecutivo, dando sequência a uma recuperação após a breve imposição de lei marcial na semana passada, que desencadeou uma crise política no país.

O presidente chinês, Xi Jinping, lançou uma investigação contra a Nvidia e impôs restrições à exportação de materiais raros com aplicações militares, ganhando terreno em uma potencial guerra comercial com os Estados Unidos. Além disso, Pequim limitou a venda de componentes estratégicos usados na fabricação de drones para os EUA e Europa.

Os preços do petróleo avançam com agentes do mercado esperando que a demanda aumente na China no ano que vem, depois que Pequim anunciou uma política monetária mais flexível para estimular o crescimento econômico.

As cotações do minério de ferro na China fecharam no vermelho, enquanto otimismo com estímulo de Pequim desaparece.

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