Ibovespa Futuro opera quase estável com foco em tarifas e fala de diretor do BC

O Ibovespa Futuro opera em baixa nas primeiras negociações desta quarta-feira (2), com investidores atentos a possibilidade de progresso nas negociações comerciais dos EUA com parceiros, conforme se aproxima o prazo para o fim da trégua tarifária, enquanto no Brasil o foco estará em torno de comentários do diretor de Política Monetária do Banco Central. Às 09h06 (horário de Brasília), o Ibovespa Futuro com vencimento em agosto tinha queda de 0,01%, cotado aos 141.925 pontos.

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As atenções dos mercados estão se voltando cada vez mais para as disputas comerciais, antes do prazo de 9 de julho para que os países fechem acordos com os EUA a fim de evitar tarifas mais altas. O presidente Donald Trump disse na véspera que não estenderá esse prazo.

Os agentes também se mostravam cautelosos quanto às chances de cortes na taxa de juros pelo Federal Reserve, após elevarem as apostas na semana passada, na esteira das falas do chair Jerome Powell, que reiterou que o banco central planeja “saber mais” sobre o impacto das tarifas antes de reduzir os juros.

Na cena doméstica, o destaque do dia será a participação do diretor do BC Nilton David na 17° Conferência de Equity do Citi Brasil, em São Paulo, às 12h30. Um dia antes, o evento contou com a presença do secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, que comentou sobre o cenário fiscal.

O mercado também pode repercutir ainda mais a decisão da Advocacia-Geral da União (AGU) de ingressar com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para defender o decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que elevava alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

Na frente de dados, os investidores avaliarão números de produção industrial do Brasil em maio, a serem divulgados pelo IBGE às 9h, e sobre criação de empregos no setor privado dos EUA em junho, com a publicação do relatório da ADP às 9h15.

Em Wall Street, o Dow Jones Futuro subia 0,12%, o S&P Futuro recuava 0,02% e o Nasdaq Futuro tinha desvalorização de 0,19%.

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Ibovespa, dólar e mercado externo

O dólar à vista operava em alta de 0,32%, aos R$ 5,479 na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,36%, aos 5.513 pontos.

Os mercados da Ásia-Pacífico fecharam mistos, enquanto os investidores assimilavam os últimos comentários do presidente do Federal Reserve dos EUA, Jerome Powell.

Powell disse na terça-feira que o banco central já teria cortado as taxas de juros se não fosse pelas iniciativas tarifárias do presidente dos EUA, Donald Trump.

Os preços do petróleo operam em alta nesta quarta-feira (2), com investidores à espera da reunião dos principais produtores, marcada para esta semana. O encontro deve definir os níveis de produção para agosto, em meio a sinais mistos sobre a demanda global e os estoques.

As cotações do minério de ferro na China fecharam em alta, devido a preocupações com o fornecimento.

(Com Reuters)

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