Ibovespa Futuro cai, na contramão de NY, pressionado por cenário político e tarifas

O Ibovespa Futuro opera em baixa nas primeiras negociações desta sexta-feira (18), na contramão do bom humor internacional, com investidores atentos à reação do Brasil ao anúncio de tarifa de 50% pelos Estados Unidos, enquanto dados econômicos robustos dos EUA e balanços fortes compensavam as preocupações com o comércio. Às 9h02 (horário de Brasília), o Ibovespa Futuro com vencimento em agosto tinha queda de 0,67%, cotado aos 135.870 pontos.

Na véspera, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou a medida como uma “chantagem inaceitável” e reafirmou a soberania brasileira no setor digital. Enquanto isso, Trump voltou a vincular a adoção da tarifa comercial ao julgamento por tentativa de golpe de Estado do ex-presidente Jair Bolsonaro, conforme carta enviada pelo norte-americano ao ex-mandatário brasileiro.

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A Polícia Federal cumpre nesta sexta mandados de busca e apreensão e aplicação de medidas cautelares contra o o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em Brasília. Os mandados, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), foram cumpridos nesta manhã na casa do ex-presidente e em endereços ligados ao Partido Liberal (PL).

Em nova escalada das tensões entre os Poderes, os senadores Eduardo Girão (Novo-CE), Magno Malta (PL-ES) e Carlos Portinho (PL-RJ) pediram na última quarta-feira, 16, o impeachment da ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com Girão, a magistrada teria agido “de forma incompatível com a dignidade, a honra e o decoro do cargo que ocupa”.

Em Wall Street, o Dow Jones Futuro subia 0,09%, o S&P Futuro avançava 0,06% e o Nasdaq Futuro tinha alta de 0,09%, após o S&P 500 e o Nasdaq renovarem suas máximas históricas, em meio a novos sinais de força da economia americana.

Investidores reagiram positivamente à queda nos pedidos de auxílio-desemprego e às vendas no varejo acima do esperado, com poucos sinais, até agora, de que as tarifas impostas pelo presidente Trump estejam afetando os hábitos de consumo.

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Ibovespa, dólar e mercado externo

O dólar à vista subia 0,29%, a R$ 5,564 na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,10%, aos 5.573 pontos.

Os mercados da Ásia-Pacífico fecharam de forma mista, ações australianas atingindo um recorde histórico após o aumento do desemprego alimentar as apostas em um corte de juros pelo banco central do país. Os investidores na região também estavam reagindo à divulgação de dados sobre a inflação em queda no Japão.

Os preços do petróleo operam em alta, com analistas apontando os baixos estoques e os novos riscos do Oriente Médio como fatores de apoio ao mercado.

As cotações do minério de ferro na China fecharam em alta pela quarta semana consecutiva, devido ao otimismo da demanda e esperanças de mais estímulos vindos de Pequim.

(Com Reuters)

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