O dia seguinte à vitória eleitoral do La Libertad Avanza, o partido do presidente Javier Milei, que tingiu de violeta (a cor do LLA) o mapa eleitoral da Argentina, o mercado de câmbio inverteu a mão após semanas de tensão. Depois de o dólar do atacado ter arranhado a cotação de 1.500 pesos e de a divisa ter furado esse limite no varejo, o peso recuperou um pouco de terreno.
Os especialistas já discutem se o Banco Central deve aproveitar para recompor as reservas cambiais do país e comprar dólares ou esperar mais um pouco para aproveitar a natural tendência de apreciação da moeda local.
Segundo os jornais argentinos, o dólar atacadista fechou esta segunda-feira valendo 1.435 pesos, uma queda de 3,8% ante o fechamento da sexta-feira, o equivalente a 57 pesos. Mas na euforia do início do dia, a queda chegou a 9,5%. O volume negociado no mercado à vista chegou a US$ 405,4 milhões, segundo o InfoBAE, quase a metade do que foi negociado nas rodadas das últimas duas semanas, segundo o site.
No varejo, o dólar do Banco Nación fechou em 1.460 pesos para a venda, com queda de 3,6%, mas a divisa também havia recuado forte no intraday (-9,6%).
Já o “dólar blue”, a cotação preferida no mercado paralelo, fechou em queda de 3,6%, para 1.465 pesos na venda, após passar quase toda a semana passada acima dos 1.500 pesos.
A empresa de consultoria 1816 comentou que a reação exagerada só pode ser interrompida se a equipe econômica do governo decidir comprar dólares para colocar um piso na taxa de câmbio nos próximos dias.
Ao jornal La Nación, Damián Vlassich, líder da equipe de Estratégia de Investimento da IOL Inversiones, disse que “tendo em vista a oferta esperada de moeda estrangeira nas próximas sessões, a posição assumida pelo governo sobre se deve ou não parar a queda do dólar “marcará o campo”.
No jornal Clarín, a empresa Delphos comentou que a taxa de câmbio voltará a operar entre as bandas definidas pelo Banco Central, com o risco de muita volatilidade inicial devido ao excesso de hedge com que muitos operadores fizeram nos últimos dias.
(Com agências)
The post Argentina tem dia de alívio cambial após eleições e BC pode recompor reservas appeared first on InfoMoney.
