O Ibovespa Futuro opera com alta nos primeiros negócios desta segunda-feira (8), apagando parte da forte queda da véspera, com investidores digerindo notícias de que o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) pode desistir de sua candidatura à Presidência, mas que cobraria um preço pela desistência, enquanto as expectativas de um corte de juros nos Estados Unidos pelo Federal Reserve seguiam no foco. Às 9h04 (horário de Brasília), o contrato com vencimento em dezembro subia 0,86%, aos 159.530 pontos.
O anúncio na sexta-feira de que o ex-presidente Jair Bolsonaro indicou o filho mais velho, Flávio, para ser o candidato bolsonarista à Presidência no ano que vem levou a um tombo nos mercados financeiros, com o Ibovespa despencando mais de 4%, após chegar a tocar máximas recordes, e o dólar subindo mais de 2% ante o real.
Os agentes entendem que Flávio poderia dificultar uma aliança entre o bolsonarismo e a centro-direita para as eleições e que teria menos condições de atrair o eleitor de centro do que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), o favorito dos mercados, abrindo caminho assim para uma reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, cuja política econômica é alvo de crítica dos mercados.
No domingo, no entanto, Flávio disse que há uma possibilidade de não ir até o fim na disputa eleitoral, mas que sua desistência teria um preço. Após participar de um culto em Brasília, Flávio disse que deve anunciar na segunda-feira quanto custaria abrir mão de sua candidatura, e indicou que o “preço” poderia estar relacionado ao interesse da família de buscar a aprovação da anistia para os envolvidos nos atos do 8 de janeiro de 2023.
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Ibovespa Hoje Ao Vivo: Confira o que movimenta Bolsa, Dólar e Juros nesta segunda
Índices futuros dos EUA avançam juntos
No exterior, a expectativa de um corte de 0,25 ponto nos juros dos EUA pelo Fed animava os investidores na compra de ações. Os índices futuros apontam uma expectativa implícita de 86% de um corte desta magnitude nesta semana. Uma pesquisa da Reuters com 108 analistas indicou que 19 deles esperam manutenção da taxa enquanto o restante prevê corte.
Em Wall Street, o Dow Jones Futuro subia 0,01%, o S&P Futuro tinha valorização de 0,07% e o Nasdaq Futuro avançava 0,18%.
Dólar, commodities e exterior
O dólar à vista caía 0,25%, cotado a R$ 5,420 na venda. Na B3, o contrato de dólar com primeiro vencimento caía 0,58%, a R$ 5,436.
Os mercados da Ásia-Pacífico operam mistos, à medida que investidores digerem novos dados comerciais da China. As exportações chinesas cresceram 5,9% em novembro em dólares em comparação com o ano anterior, superando a previsão de crescimento de 3,8% dos economistas consultados pela Reuters.
No Japão, o PIB do terceiro trimestre caiu 2,3%, pior do que a previsão mediana dos economistas, que apontava para uma queda de 2,0%, e do que uma estimativa preliminar de declínio de 1,8%.
Os mercados europeus operam sem direção única, com os investidores atentos à decisão de política monetária do BC dos EUA nesta semana.
O Banco Nacional Suíço divulgará sua atualização de política monetária na quinta-feira. Na semana seguinte, estão previstas as decisões sobre as taxas de juros do Banco da Inglaterra e do Banco Central Europeu (BCE), no dia 18 de dezembro.
Ainda não há consenso sobre um possível corte da taxa básica pelo Banco da Inglaterra em sua próxima reunião, enquanto a expectativa predominante é de que o BCE mantenha os juros inalterados. O Banco do Japão também realiza sua última reunião de política monetária de 2025 em 19 de dezembro.
Os preços do petróleo opera com leve alta, com investidores monitorando as compras de petróleo russo pela Índia e os ataques ucranianos à infraestrutura energética de seu vizinho.
As cotações do minério de ferro na China fecharam no vermelho, em meio a queda na demanda na China juntamente com o aumento da manutenção de equipamentos e a falta de novas medidas de estímulo por parte de Pequim.
(Com Reuters)
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