A diretora de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos do Banco Central, Fernanda Nechio, respondeu nesta terça-feira, 9, que a comunicação do BC sobre a política monetária é mais usual do que sobre a política cambial, porque o cumprimento do regime de metas de inflação é o principal objetivo da instituição.
“A atuação do BC é bastante presente no câmbio, mas isso só acontece em momentos disruptivos do mercado. Por isso, a comunicação do BC é maior sobre política monetária do que sobre política cambial”, explicou, em aula magna virtual sobre política monetária e comunicação a alunos de graduação da PUC-Rio.
Ela respondeu também que o BC não interfere na política fiscal do governo. “O BC é espectador do fiscal, especialmente um BC autônomo sem possibilidade de sofrer intervenções políticas”, completou.
Autonomia
A diretora avaliou ainda que a recém-aprovada autonomia legal do BC confere mais credibilidade à comunicação da autoridade monetária, possibilitando assim uma maior eficácia das decisões de política monetária. “A comunicação só funciona se houver credibilidade. Se mercado e sociedade não acreditarem no BC, não adianta fazer anúncios”, afirmou.
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