SÃO PAULO – O Bitcoin renovou máxima histórica nesta segunda-feira (30), chegando a subir mais de 9% a US$ 19.864. Em reais, um Bitcoin custa agora R$ 104.247, mas na máxima do dia a criptomoeda chegou a operar cotada em R$ 106,9 mil.
Em 2017, antes de sofrer uma forte queda iniciada em dezembro, a moeda digital atingiu o valor de US$ 19.783.
No ano, o Bitcoin salta perto de 170%, porém isso não significa que 2020 foi sem sobressaltos. No pior momento da pandemia, em meados de março, a criptomoeda caiu abaixo de US$ 4 mil e trouxe muita preocupação aos investidores.
De acordo com o jornal The New York Times, este novo rali do Bitcoin, ao contrário do registrado em 2017, não é impulsionado por especuladores asiáticos que acabavam de descobrir o ativo digital, mas por grandes investidores e fundos de investimento americanos que usam a criptomoeda como um ativo de proteção à carteira da mesma maneira como é feito com o ouro e o dólar.
“Em vez de fazer operações rápidas para ganhar dinheiro no curto prazo, cada vez mais investidores estão usando o Bitcoin para manter parte dos seus portfolios fora da influência de governos e do sistema financeiro tradicional”, ressalta uma reportagem do NYT.
Vale lembrar que este ano a Fidelity lançou um fundo de investimento em Bitcoin e o PayPal permitiu que seus usuários usassem a critpomoeda em sua plataforma de pagamentos.
Já a Bloomberg lembrou que a narrativa do excesso de impressão de dinheiro pelos bancos centrais este ano para conter os impactos econômicos do coronavírus fortaleceu a percepção de valor no Bitcoin, uma moeda descentralizada e sem influência da política.
“Eminentes investidores como Paul Tudor Jones disseram que compraram a criptomoeda como uma proteção contra atitudes dos governos e bancos centrais”, conta a agência de notícias.
Por outro lado, a Bloomberg chama a atenção para o fato de que 2% das contas anônimas de Bitcoins detenham 95% da moeda digital em circulação de acordo com a Flipside Crypto.
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