Cotação do dólar: 3 motivos do pelos quais você deve acompanhar

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Utilizado como padrão monetário nas transações internacionais, o dólar é uma das moedas mais importantes do mundo.

Cristiano Leal, planejador financeiro, explica que é sempre interessante estar atento às movimentações do mercado cambial, apesar das flutuações diárias da moeda americana não representarem forte impacto direto na população.

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“Se a ideia é viajar ao exterior ou investir em ativos dolarizados, acompanhar o câmbio faz bastante diferença”, indica.

Para o planejador financeiro CFP Jeff Patzlaff, ficar de olho no movimento do dólar é uma forma de se manter informado e se antecipar nos seus planos financeiros, seja para proteger seu patrimônio, escolher o melhor momento de consumo ou até diversificar quando fizer sentido.

3 motivos para acompanhar o dólar

1. Dólar é um dos principais indicadores econômicos

Há um índice norte-americano que mede o dólar frente seis outras moedas de países desenvolvidos, o US Dollar Index (DXY). É utilizado por operadores de câmbio do mundo todo como termômetro do mercado.

Se o DXY avança, significa que o dólar está se valorizando frente a outras moedas mundiais. Se desce, está se desvalorizando.

A variação do dólar pode impactar fortemente na cesta de consumo pela inflação.

No Brasil, por exemplo, a alta da moeda encarece produtos importados — como eletrônicos, combustíveis, insumos agrícolas e industriais—, pressionando o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), principal indicador da inflação no País.

Ou seja, um dólar alto pode encarecer alimentos, combustíveis, produtos e serviços no Brasil.

2. A cotação mostra se o real está muito desvalorizado

Quando falamos de uma balança comercial, um dólar valorizado torna as exportações brasileiras mais competitivas, pois o produtor nacional recebe mais reais por cada dólar exportado, favorecendo setores como commodities (soja, carne, minério).

Algumas análises técnicas, econômicas e comparativas podem ser feitas para avaliar se o real está mais fraco do que deveria.

A chamada taxa de câmbio real efetiva (REER) é uma delas, pois considera a inflação e o desempenho econômico do Brasil frente a parceiros, mostrando se o real está valorizado ou desvalorizado em relação à média histórica.

“Quando o câmbio está muito acima do que sugerem os fundamentos econômicos — balança comercial, inflação e diferencial de juros —, geralmente há influência de fatores temporários, como incerteza política ou choques globais”, comenta Otávio Araújo, consultor de Investimentos Sênior na ZERO Markets.

A comparação com a moeda de outros países emergentes, também pode ser feita para responder essa pergunta, um descolamento do real em relação a pares pode indicar fraqueza pontual, geralmente por motivos domésticos, como instabilidade ou risco fiscal.

3. Além do bolso, impacta seus investimentos

Uma pesquisa da FGV mostra que é um risco não considerar o impacto do dólar nos investimentos. O relatório “Impacto Cambial no Consumo dos Brasileiros e a Necessidade de Diversificação Internacional” mostra os principais benefícios de investir além do real, destacando a proteção do dinheiro frente às variações do dólar.

Segundo o planejador financeiro CFP Jeff Patzlaff, a cotação muda constantemente porque o câmbio é negociado como qualquer outro ativo de mercado, e o setor é altamente líquido, funciona praticamente 24 horas por dia e reflete não só dados macroeconômicos, mas também sentimento e comportamento de investidores.

Dessa forma, acompanhar o dólar, semanal ou mensalmente, pode fazer toda a diferença para as suas finanças no médio e longo prazo, em especial para conseguir diversificar seu portfólio.

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