O dólar acelerou as perdas perante o real nesta sexta-feira (6), ampliando a forte queda da véspera, com investidores repercutindo o relatório de emprego (payroll) dos Estados Unidos, considerado o número mais importante para medir a saúde do mercado de trabalho americano.
Os Estados Unidos criaram 142 mil vagas de trabalho fora do setor agrícola no mês de agosto, menos do que o esperado pelos analistas, refletindo uma desaceleração do mercado de trabalho e também abrindo caminho para o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) reduzir as taxas de juros no final deste mês.
Agentes do mercado previam um crescimento de 160 mil empregos no mês passado. Já a taxa de desemprego caiu para 4,2%, como esperado.
Qual a cotação do dólar hoje?
Às 9h40, o dólar comercial operava com queda 0,67%, a R$ 5,533 na compra e R$ 5,534 na venda. O dólar futuro de próximo vencimento (DOLc1) caía 0,69%, a 5.548 pontos.
Na quinta-feira, o dólar à vista fechou em baixa de 1,19%, cotado a 5,5726 reais.
O Banco Central informou que dará início, a partir desta sexta-feira, a leilões diários para a rolagem de US$ 15,1 bilhões em swaps cambiais tradicionais que expiram em 1º de novembro, em um total de 302.008 contratos.
Dólar comercial
Compra: R$ 5,533Venda: R$ 5,534
Dólar turismo
Compra: R$ 5,611Venda: R$ 5,791
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O que aconteceu com o dólar hoje?
Depois de uma enxurrada de dados do mercado de trabalho americano, o payroll de agosto agora atua como fator decisivo, definindo o tom para a reunião do Federal Reserve (Fed) no dia 18 de setembro.
Um relatório na quinta-feira mostrou que o número de americanos que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego caiu na semana passada, já que as demissões permaneceram baixas. Isso ajudou a acalmar os temores de que o mercado de trabalho estava se deteriorando rapidamente, depois que os números divulgados no dia anterior mostraram que o crescimento de empregos privados caiu para uma baixa de 3 anos e meio em agosto.
Com relação ao Fed, os futuros agora precificam a chance de um corte de taxa de 50 bps em setembro, em oposição ao movimento de um quarto de ponto embutido, como pouco abaixo de 50%. Mas há um robusto 111 bps de flexibilização visto até o fim do ano e 230 bps nos próximos 12 meses.
Importante lembrar que o presidente do Fed, Jerome Powell, sinalizou que o foco do banco central estava mudando do combate à inflação para a prevenção da deterioração do mercado de trabalho quando ele apoiou fortemente o início iminente do ciclo de flexibilização monetária na conferência econômica anual em Jackson Hole no mês passado.
Os primeiros a reagir ao payroll serão dois dos grandes nomes do Fed – o governador do Fed Board, Christopher Waller, e o presidente do Fed de Nova York, John Williams.
(com Reuters)
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