O dólar tem expressiva queda frente ao real nesta sexta-feira (7), com o mercado reagindo positivamente à aprovação em segundo turno da reforma tributária na Câmara e a dados mais fracos do que o esperado em um relatório de empregos dos Estados Unidos.
Às 12h15 (horário de Brasília), a divisa comercial caía 1,37%, a R$ 4,862 na compra e na venda.
O mercado de câmbio já vinha mostrando bom humor desde a abertura, às 9h, depois que a Câmara dos Deputados aprovou na madrugada o texto-base da reforma tributária em segundo turno e iniciou a votação de destaques.
A aprovação da medida, que após a conclusão da análise dos destaques em segundo turno será encaminhada ao Senado, é um primeiro passo histórico após décadas de discussão do tema no Congresso. A aprovação da matéria é uma vitória não apenas para o governo, que a considera prioritária, mas também ao presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), que abraçou a proposta e trabalhou ativamente por sua aprovação.
“Depois de um começo do ano com discussões negativas que aumentaram a incerteza e os prêmios de risco no mercado, chegamos no segundo semestre com a aprovação da reforma tributária do consumo, uma surpresa positiva, que traz um enorme avanço na complexa legislação”, disse Rafaela Vitoria, economista-chefe do Banco Inter.
Já o JPMorgan chamou o avanço da reforma no Congresso em relatório a clientes de “importante passo que pode levar a melhorias notáveis do ponto de vista econômico”.
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Acentuando o viés negativo do dólar frente ao real, dados do Departamento do Trabalho desta sexta-feira mostraram que a criação de vagas de trabalho nos Estados Unidos, a 209 mil, desacelerou mais do que o esperado em junho.
Economistas consultados pela Reuters previam criação de 225 mil empregos. A economia precisa criar de 70.000 a 100.000 empregos por mês para acompanhar o crescimento da população em idade ativa. A taxa de desemprego caiu para 3,6%, de 3,7% em maio.
O resultado dissipou temores despertados na véspera por uma surpreendentemente forte abertura de postos privados registrada no relatório da ADP, instituição desvinculada do governo norte-americano.
Uma política monetária menos agressiva nos EUA tende a prejudicar o dólar frente a outras moedas, uma vez que minaria a atratividade dos retornos de taxas de juros na maior economia do mundo.
Na véspera, o dólar à vista fechou o dia com alta de 1,64%, a R$ 4,929 na compra e a R$ 4,93 na venda.
(com Reuters)
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