O dólar operava com alta nesta quarta-feira (15), depois que notícias sobre troca de comando da Petrobras (PETR4) levantaram preocupações sobre interferência política na estatal, enquanto investidores aguardavam importantes dados de inflação ao consumidor nos Estados Unidos. O movimento foi de certa forte amenizado pelos dados dos preços ao consumidor, que vieram abaixo do previsto pelo consenso LSEG.
O CPI subiu 0,3% em abril, desacelerando após a alta de 0,4% em março, segundo dados com ajuste sazonal divulgados nesta quarta-feira (15) pelo Departamento do Trabalho americano. Ante abril do ano passado, a inflação ficou em 3,4%, após ter chegado a 3,5% no mês anterior.
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Qual a cotação do dólar hoje?
Às 9h40 (horário de Brasília) dólar à vista operava com alta de 0,51%, a R$ 5,155 na compra e R$ 5,156 na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,44%, equivalente a 5.155 pontos.
O Banco Central fará neste pregão leilão de até 12 mil contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 1° de julho de 2024.
Dólar comercial
Compra: R$ 5,155
Venda: R$ 5,156
Dólar turismo
Compra: R$ 5,165
Venda: R$ 5,345
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O que aconteceu com o dólar hoje?
A divisa norte-americana avança perante o real na abertura dos negócios desta quarta-feira após cair por suas sessões consecutivas, à medida que investidores repercutem a decisão do presidente Lula de demitir o Jean Paul Prates do cargo de CEO da Petrobras, o que sinaliza maior interferência política na estatal.
Em relatório a clientes, o Goldman Sachs avaliou a mudança no comando da Petrobras como notícia negativa. “Com base em nossas conversas com investidores, acreditamos que o mercado viu o Prates como um bom conciliador entre interesses dos investidores e do governo. Além disso, acreditamos que o anúncio de hoje pode reacender preocupações sobre a potencial intervenção política na empresa”, explicou o banco.
Apesar do clima doméstico avesso ao risco, o exterior fornecia algum suporte ao real, e o dólar reduziu seus ganhos frente à divisa brasileira a partir das 9h30 (de Brasília), depois que dados mostraram que os preços ao consumidor dos Estados Unidos aumentaram menos do que o esperado em abril.
O índice de preços ao consumidor subiu 0,3% no mês passado, depois de avançar 0,4% em março e fevereiro, informou o Departamento do Trabalho nesta quarta-feira. Nos 12 meses até abril, o índice teve alta de 3,4%, de 3,5% em março.
Economistas consultados pela Reuters previam alta de 0,4% no mês e de 3,4% no comparativo anual.
O resultado sugere que a inflação norte-americana retomou sua tendência de queda no início do segundo trimestre, em um impulso para as expectativas do mercado financeiro de um corte na taxa de juros em setembro.
Os contratos futuros dos juros dos EUA passaram a embutir uma chance de 73% de que a primeira redução nos juros pelo Fed ocorra na reunião de setembro, acima dos 69% de antes do relatório.
Num geral, quanto mais o Federal Reserve cortar os juros e quanto menos o BC afrouxar a política monetária local, melhor para o real. Isso porque, quanto maior o diferencial de juros entre Brasil e EUA, mais interessante fica a moeda doméstica para uso em estratégias de “carry trade”, em que investidores tomam empréstimo em país de taxas baixas e aplicam esse dinheiro em mercado mais rentável.
Na véspera, o dólar à vista encerrou o dia cotado a 5,1300 reais na venda, em baixa de 0,42%.
(com Reuters)
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