SÃO PAULO (Reuters) – Em uma sessão marcada pela baixa liquidez em função do feriado nos Estados Unidos, o dólar à vista fechou em leve alta ante o real, em sintonia com o avanço da moeda norte-americana ante outras divisas no exterior, após o Banco Central da China surpreender o mercado ao não reduzir sua taxa de juros.
O dólar à vista fechou o dia cotado a 4,8667 reais na venda, em alta de 0,21%, interrompendo uma sequência de três sessões consecutivas de perdas. Em janeiro, a moeda acumula elevação de 0,31%.
Na B3, às 17:20 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,25%, a 4,8770 reais.
O feriado do Dia de Martin Luther King Jr. nos EUA deixou os mercados globais sem a referência de Wall Street, o que reduziu o volume negociado e direcionou as atenções para outras praças. Entre elas, destaque para a China, que não alterou sua taxa de juros de médio prazo, na contramão do que esperava o mercado.
O banco central chinês manteve nesta segunda-feira em 2,50% a taxa para 995 bilhões de iuanes (138,84 bilhões de dólares) em empréstimos de um ano do instrumento de médio prazo (MLF) para algumas instituições financeiras.
O noticiário vindo da China colocou o petróleo e o minério de ferro em baixa, o que penalizava moedas de países exportadores destas commodities, como o Brasil.
Além disso, a Alemanha, principal economia da zona do euro, informou que seu Produto Interno Bruto (PIB) encolheu 0,3% em 2023, conforme o Escritório Federal de Estatísticas. O resultado ocorreu devido à inflação persistente, aos altos preços da energia e à fraqueza da demanda externa.
“Lá fora, o que fez preço desde cedo foram os números ruins da Europa e o petróleo, que havia caído bem”, comentou durante a tarde o diretor da Correparti Corretora, Jefferson Rugik, ao justificar o avanço da divisa dos EUA ante o real.
Neste cenário, após ter marcado uma cotação mínima de 4,8442 reais (-0,26%) às 9h01, o dólar à vista escalou até a máxima de 4,8875 reais (+0,63%) às 12h19.
Durante a tarde, a divisa dos EUA perdeu força, mas ainda assim se manteve no território positivo ante o real. No exterior, o dólar também subia ante uma cesta de moedas fortes e ante divisas como o peso mexicano < MXNUSD=R> e o peso chileno < CLPUSD=R>.
Às 17:20 (de Brasília), o índice do dólar –que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas– subia 0,10%, a 102,600.
Pela manhã, o BC vendeu 12.000 dos 16.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados na rolagem dos vencimentos de março.
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