O dólar subia na manhã desta quarta-feira (15) e chegou a operar acima dos R$ 5,30, com investidores voltando a fugir para ativos seguros após temores sobre o Credit Suisse ressuscitarem medos mais amplos sobre o setor financeiro internacional na esteira de falências de bancos nos Estados Unidos.
Às 9h23 (horário de Brasília), o dólar comercial avançava 0,86%, a R$ 5,302 na compra e R$ 5,303 na venda, chegando a uma máxima de R$ 5,329 no início das negociações.
Às 9h07, o dólar à vista subiu 1,30%, a R$ 5,3258. Na B3, o contrato de dólar futuro com vencimento em abril chegou a avançar 1,35%, a R$ 5,3430, no início das negociações. Na véspera, dólar spot fechou o dia cotado a R$ 5,2577, em baixa de 0,21%.
O Banco Central fará neste pregão leilão de até 16 mil contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 2 de maio de 2023.
As ações do Credit operam em forte queda na manhã desta quarta e levam a uma sessão de forte aversão ao risco nos mercados em geral, após o principal acionista da instituição suíça, o Saudi National Bank (SNB), da Arábia Saudita, descartar a hipótese de oferecer mais assistência financeira à empresa. “A resposta é absolutamente não, por muitas razões além da razão mais simples, que é regulatória e estatutária”, disse o presidente do SNB, Ammar Al Khudairy. Por volta das 7h40 (de Brasília), o papel do Credit Suisse tinha queda de quase 20% na Bolsa de Zurique.
Na véspera, o Credit Suisse já havia dito ter identificado “fraquezas significativas” na divulgação de resultados financeiros dos últimos anos em função de controles internos ineficientes. No relatório anual de 2022, o banco suíço disse que sua liderança, incluindo o CEO Ulrich Körner e o diretor financeiro Dixit Joshi, que começaram a trabalhar na instituição no ano passado, concluiu que seus controles não são eficientes.
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