O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou nesta segunda-feira, 1º de dezembro, que, enquanto no primeiro semestre a variação do dólar esteve mais relacionada a um movimento de hedge, atualmente está mais relacionado à política monetária.
“Naquele momento, era uma tentativa de permanecer em ativos americanos, porém, reduzir a exposição de risco de uma deslocação do dólar”, disse. “Hoje, eu já acho que o movimento do dólar está mais relacionado à política monetária e menos a um movimento de fazer hedge por uma questão de exposição e receio”, ponderou.
A declaração foi feita durante participação de palestra no XP Fórum Político & Macro 2025, realizado em São Paulo.
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Galípolo afirmou ainda que o BC não tem sinalização sobre o próximo passo para os juros básicos porque segue analisando a evolução de dados
O presidente do Banco Central afirmou também que o BC está contente com o câmbio flutuante e ressaltou que a autarquia só intervém em casos de disfuncionalidade.
“A flutuação, na verdade, é vista como um ativo nosso. O fato de o câmbio poder flutuar é uma linha de defesa para nós”, acrescentou o banqueiro central, que frisou que o BC não tem preocupações com esse mecanismo.
Galípolo também destacou que o BC está atento a eventuais disfuncionalidades no mercado de câmbio e que observa o repasse para a inflação e para as expectativas.
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