O Ibovespa Futuro opera com baixa nos primeiros negócios desta terça-feira (6), descolado do pré-mercado americano que registra recuperação, após uma sessão na véspera marcada por enorme aversão global ao risco. O sentimento de pessimismo da última segunda-feira, fomentado por temores de uma recessão nos Estados Unidos, parecia diminuir levemente, após dados mais positivos na maior economia do mundo e falas apaziguadoras de autoridades de bancos centrais.
Na seara nacional, o mercado analisava a ata da última reunião de política monetária do Banco Central, em que as autoridades decidiram manter a Selic em 10,50% ao ano pelo segundo encontro consecutivo.
A autoridade monetária vê o cenário atual como desafiador, marcado por projeções mais elevadas e mais riscos para a alta da inflação, e reforça que “não hesitará em elevar a taxa de juros para assegurar a convergência da inflação à meta se julgar apropriado”.
Às 9h15 (horário de Brasília), o índice futuro com vencimento em agosto recuava 0,50%, aos 125.480 pontos.
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Índices futuros dos EUA sobem após sell-off da véspera; Nikkei salta mais de 10%
Em Wall Street, Dow Jones Futuro operava com alta de 0,63%, S&P500 avançava 0,78% e Nasdaq Futuro subia 0,97%.
Ibovespa, dólar e mercado externo
O dólar comercial operava com baixa de 1,02%, cotado a R$ 5,682 na compra e R$ 5,683 na venda. Já o dólar futuro (DOLFUT) caía 0,83%, indo aos 5.688 pontos.
No mercado de commodities, preços do petróleo operam em alta, reduzindo a perda do dia anterior, já que a preocupação de que um conflito crescente no Oriente Médio pudesse afetar o fornecimento superou o medo de uma possível recessão nos EUA, o que poderia prejudicar a demanda do maior consumidor de petróleo do mundo.
As cotações do minério de ferro na China fecharam em queda, uma vez que perdas maiores induziram cortes de produção entre siderúrgicas no maior consumidor, a China, e os altos estoques persistentes nos portos pesaram sobre o sentimento.
As bolsas europeias passaram a operar em baixa generalizada após um indicador decepcionante do varejo da zona do euro, revertendo ganhos do começo do pregão desta terça-feira, em uma evidência de que investidores seguem sensíveis após as robustas perdas recentes que as ações da região acumularam em meio a temores sobre a saúde dos EUA.
Já o índice Nikkei, do Japão, se recuperou com força, após despencar no pregão anterior em meio a temores sobre uma possível recessão nos EUA que derrubaram os mercados acionários globais. Outras bolsas asiáticas também se recuperaram parcialmente, mas de forma mais moderada, aparentemente se estabilizando após a violenta onda de volatilidade que teve início no fim da semana passada.
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