Ibovespa Futuro acompanha exterior e recua em meio a ameaças tarifárias e BRICS

O Ibovespa Futuro opera em baixa nas primeiras negociações desta segunda-feira (7), à medida que se aproxima o prazo final para a implementação das tarifas recíprocas anunciadas pelo governo dos Estados Unidos. Diante da incerteza, investidores adotam uma postura mais cautelosa, em modo de “esperar para ver” — especialmente considerando que, em ocasiões anteriores, o presidente Donald Trump voltou atrás em decisões similares. Às 09h01 (horário de Brasília), o Ibovespa Futuro com vencimento em agosto tinha queda de 0,29%, cotado aos 143.350 pontos.

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Ainda assim, durante o fim de semana, Trump voltou a endurecer o discurso, afirmando que países alinhados ao BRICS enfrentarão uma tarifa adicional de 10%. A sinalização pressiona ativos de países emergentes, inclusive o Brasil.

“Por fazermos parte dos BRICS, é possível que os ativos brasileiros sintam a pressão da ameaça de Trump hoje em maior magnitude, especialmente se considerarmos a fraqueza das principais commodities para o nosso mercado”, escreveu o BBI em relatório.

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Além disso, a disputa entre Executivo e Legislativo em torno do IOF segue no radar e deve continuar influenciando o humor dos investidores.

Nos Estados Unidos, o clima também é de tensão, com destaque para a repercussão da possível tentativa de Elon Musk de formar um novo partido político.

Nos demais mercados, o dólar sobe e recupera parte das perdas da semana passada, enquanto os rendimentos dos Treasuries operam próximos da estabilidade. Os contratos futuros do petróleo andam de lado após caírem inicialmente com a decisão da Opep+ de elevar a produção mais do que o esperado no próximo mês. Já o minério de ferro teve queda de 0,68% na madrugada em Dalian, cotado a US$ 102,01 por tonelada.

Em Wall Street, o Dow Jones Futuro caía 0,04%, o S&P Futuro recuava 0,26% e o Nasdaq Futuro tinha desvalorização de 0,38%.

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Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,36%, aos 5.474 pontos.

As bolsas da Ásia-Pacífico encerraram majoritariamente em queda nesta segunda-feira, pressionadas por declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre novas tarifas comerciais.

Trump confirmou que as tarifas “recíprocas”, anunciadas originalmente em abril, entrarão em vigor a partir de 1º de agosto para países que ainda não firmaram acordos com os EUA. Em comunicado separado divulgado no domingo, o presidente afirmou ainda que uma tarifa adicional de 10% será imposta a países que “se alinharem com as políticas antiamericanas dos BRICS”, sem fornecer mais detalhes.

A retórica protecionista ganhou força no mesmo momento em que os países do bloco BRICS — Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul — se reúnem no Rio de Janeiro para uma cúpula de dois dias.

Os preços do petróleo caíram depois que a OPEP+ surpreendeu os mercados ao aumentar a produção mais do que o esperado em agosto, levantando preocupações sobre excesso de oferta.

As cotações do minério de ferro na China fecharam em baixa, já que novas preocupações com a demanda pesaram sobre o mercado, pressionado pelas restrições de produção em Tangshan, o principal centro de produção de aço da China, e pela persistente incerteza sobre as tarifas comerciais dos EUA.

(Com Reuters)

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