O Ibovespa Futuro opera com baixa nos primeiros negócios desta sexta-feira (21), na volta do feriado do Dia da Consciência Negra, com investidores repercutindo a decisão dos Estados Unidos de remover a tarifa de 40% de importação imposta sobre alguns produtos brasileiros, enquanto o cenário externo a aversão ao risco domina. Às 9h04 (horário de Brasília), o contrato com vencimento em dezembro caía 0,93%, aos 155.410 pontos.
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O presidente dos EUA, Donald Trump, assinou um decreto na quinta-feira para suspender os impostos de importação sobre produtos agrícolas afetados pelo anúncio da tarifa de 40% em julho, informou a Casa Branca. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que esse “foi um passo na direção certa, mas precisamos avançar ainda mais”.
O decreto vai afetar as importações norte-americanas de produtos brasileiros a partir de 13 de novembro e poderá exigir o reembolso das tarifas cobradas sobre esses produtos, de acordo com texto divulgado pela Casa Branca.
No exterior, operadores mostravam-se preocupados com uma possível bolha da IA mesmo após as previsões positivas da Nvidia.
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Ao mesmo tempo, os dados sobre empregos nos Estados Unidos divulgados na véspera pintaram um quadro misto, aumentando a incerteza do mercado e reduzindo as expectativas de que o Federal Reserve corte os juros novamente este ano. O relatório mostrou aceleração da criação de vagas, mas uma taxa de desemprego no nível mais alto em quatro anos, deixando os economistas divididos sobre como interpretar isso.
Em Wall Street, o Dow Jones Futuro subia 0,22%, o S&P Futuro tinha queda de 0,18% e o Nasdaq Futuro recuava 0,48%.
Dólar, commodities e exterior
O dólar á vista subia 0,41% ante o real, cotado a R$ 5,360 na venda. Na B3, o contrato de dólar com primeiro vencimento subia 0,49%, a R$ 5,365.
Os mercados da Ásia-Pacífico recuaram nesta sexta-feira, acompanhando a fraqueza das ações de tecnologia nos EUA e em meio ao arrefecimento das expectativas de um corte de juros pelo Federal Reserve em dezembro. Os investidores também estão em alerta após ameaças explícitas da ministra das Finanças japonesa, Satsuki Katayama, de que uma intervenção cambial pode ser iminente, movimento que antecedeu o aguardado anúncio de um pacote de estímulo de US$ 135 bilhões pelo governo Takaichi, pressionando os títulos do governo japonês e o iene.
Sobretudo, cresce a pressão sobre o Banco do Japão: dados divulgados nesta sexta-feira mostraram que a inflação subjacente acelerou em outubro, avançando 3,0% na comparação anual e permanecendo bem acima da meta de 2% da autoridade monetária.
Os preços do petróleo opera com forte baixa nesta sexta, estendendo as quedas pela terceira sessão consecutiva, enquanto os Estados Unidos pressionavam por um acordo de paz entre Rússia e Ucrânia que poderia aumentar a oferta no mercado global.
As cotações do minério de ferro na China fecharam em queda pelo segundo dia seguido, pressionadas por sinais de demanda mais fraca e margens de lucro menores na indústria siderúrgica chinesa.
(Com Reuters)
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