O Ibovespa fechou em alta de 0,68% nesta segunda-feira (18), aos 131.083 pontos, renovando a máxima histórica e encerrando um pregão acima dos 131 mil pontos pela primeira vez, seguindo o exterior e também com o auxílio das ações da Petrobras (PETR3;PETR4).
Em Nova York, o índice Dow Jones ficou estável, mas S&P 500 e Nasdaq subiram, respectivamente, 0,45% e 0,61%.
“É uma continuação do que vimos durante grande parte do mês, ou seja, a inflação parece estar caindo, as taxas de juros apresentam tendência de queda e os lucros, até este ponto, se estabilizaram”, disse Terry Sandven, estrategista-chefe de ações. no U.S. Bank Wealth Management, à CNBC. “É um cenário construtivo para as ações”, avalia.
A alta lá fora se deu a despeito do leve avanço dos treasuries yields. O para dez anos ganhou 1,5 ponto-base, a 3,945%. Em grande parte, o avanço dos rendimentos dos títulos do tesouro se deu por conta da alta dos preços do petróleo, que tende a impulsionar a inflação.
O barril Brent subiu 2,08%, US$ 78,15. “A commodity foi impulsionada pelos receios quanto à segurança das rotas para o comércio mundial que passam pelo Mar Vermelho, o que impulsionou as petroleiras nos mercados locais”, explica Alexsandro Nishimura, economista e sócio da Nomos.
As ações ordinárias e preferenciais da Petrobras (PETR3;PETR4), com peso relevante no Ibovespa, na esteira, ganharam 2,05% e 1,24%.
Fora isso, os treasuries também repercutiram sinalizações de autoridades do Federal Reserve. Hoje, em entrevista ao Financial Times, a presidente do Fed de Cleveland, Loretta Mester, avaliou que os mercados estão “um pouco à frente” no que diz respeito à precificação de cortes de juros no início do próximo a ano
Apesar disso, a curva de juros brasileira fechou em queda. Os DIs para 2025 perderam quatro pontos-base, a 10,05%, e os para 2027, seis pontos, a 9,74%. As taxas dos contratos para 2029 perderam três pontos, a 10,18%, e as dos contratos para 2031, três pontos, a 10,45%.
Companhias ligadas ao mercado interno – e também mais alavancadas – subiram, na esteira do recuo dos juros, e foram destaque entre as altas do Ibovespa. As preferenciais da Alpargatas (ALPA4) ganharam 6,36%, as ordinárias da Cyrela (CYRE3), 3,31%, e as da Natura (NTCO3), 3,14%.
O dólar, por fim, fechou com queda de 0,65% frente ao real, a R$ 4,904 na compra e a R$ 4,905 na venda. Segundo operadores, a baixa da moeda americana reflete um movimento de realização dos lucros, amparado pelo maior apetite global por risco. O aumento dos preços de commodities também favoreceu a divisa brasileira, com fluxo positivo para o País, segundo profissionais.
(Com Estadão Conteúdo)
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