O diretor de Política Monetária do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, disse nesta segunda-feira, 9, que a desvalorização do real está em linha com o processo ocorrido com outras moedas de países emergentes e que isso reflete um movimento maior de atração de recursos pelos Estados Unidos do que de perda pelo Brasil.
A fala de Galípolo ocorreu em participação da LiveBC, programa semanal da autoridade monetária, que nesta segunda-feira, explica como é executada a política monetária para controlar a inflação, e explicou como a economia norte-americana afeta o cenário doméstico, ponderando que países emergentes têm uma correlação mais relevante com a política monetária americana.
“O real sofreu uma desvalorização nessas últimas semanas muito em linha com a desvalorização que observamos nos nossos pares. É muito mais um movimento dos Estados Unidos atraindo esse recurso, do que a gente por uma idiossincrasia, uma questão particular nossa, perder o recursos”, avaliou o diretor.
Galípolo disse que não é só a viagem ao exterior que fica mais cara, mas produtos comprados no mercado doméstico com preço determinado no mercado internacional. “Tem seu preço a correlação com o dólar, que é a desvalorização da moeda, isso pode gerar um processo inflacionário”, pontuou.
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