SÃO PAULO (Reuters) – A XP antecipou sua perspectiva para o início do afrouxamento monetário no Brasil para janeiro, de abril anteriormente, calculando a taxa básica de juros Selic em 12,5% ao final de 2026 e prevendo inflação mais fraca tanto este ano quanto no próximo.
O Banco Central elevou a Selic a 15% ao ano no mês passado e antecipou uma interrupção no ciclo de alta de juros na próxima reunião, considerando que a taxa deve permanecer inalterada por “período bastante prolongado”.
“Com o alívio na inflação de curto prazo, o BC deve gradualmente ganhar confiança de que a política monetária está funcionando”, disse a XP em nota assinada pelo economista-chefe Caio Megale e sua equipe.
A XP ressaltou ainda que a queda da Selic no próximo ano pode ser ainda maior se a perspectiva de reformas fiscais após as eleições ganhar força.
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Segundo a nota a previsão para a alta do IPCA em 2025 foi reduzida de 5,5% para 5,0%, refletindo uma taxa de câmbio mais apreciada e moderação nos preços ao atacado. Para 2026, a projeção recuou de 4,7% para 4,5%, em linha com a menor inércia inflacionária, explicou a XP.
Em relação ao câmbio, a XP citou um cenário global de dólar fraco para revisar as projeções de R$5,80 para R$5,50 por dólar no final de 2025, e de R$6,10 para R$5,70 no final de 2026.
Houve ainda manutenção das estimativas para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2,5% este ano e 1,7% em 2026. “O mercado de trabalho aquecido, as medidas de estímulo e o forte desempenho de setores menos sensíveis ao ciclo devem suavizar a desaceleração da atividade”, disse.
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