Déficit corrente soma US$ 2,8 bilhões em fevereiro e alcança US$ 54,4 bilhões em 12 meses

O déficit em conta corrente do Brasil somou US$ 2,8 bilhões em fevereiro de 2023, o que significou um retração de US$ 1,3 bilhão ante os US$ 4,2 bilhões negativos de fevereiro de 2022, informou nesta segunda-feira (27) o Banco Central.

Na comparação interanual, o saldo comercial diminuiu US$ 1,0 bilhão em fevereiro,  o déficit em serviços recuou US$ 772 milhões e o saldo negativo em renda primária reduziu US$ 1,7 bilhão ante o mesmo mês do ano passado.

O déficit em transações correntes nos doze meses encerrados em fevereiro somou US$ 54,4 bilhões (2,78% do PIB), ante US$ 55,8 bilhões (2,86% do PIB) no mês anterior e US$ 46,8 bilhões (2,81% do PIB) em fevereiro de 2022.

Segundo o BC, a balança comercial de bens registrou superávit de US$ 2,5 bilhões em fevereiro de 2023, ante saldo positivo de US$ 3,6 bilhões em fevereiro de 2022. As exportações de bens totalizaram US$ 21,6 bilhões e as importações de bens, US$ 19,1 bilhões, com reduções de 9,0% e 5,4%, respectivamente, em comparação a fevereiro de 2022.

O déficit na conta de serviços totalizou US$ 2,0 bilhões em fevereiro, uma redução de 27,6% ante o mesmo mês do ano passado. A conta de transportes registrou despesas líquidas de US$ 946 milhões, um recuo de 31,6%, influenciada pelos menores gastos com fretes.

As despesas líquidas com aluguel de equipamentos totalizaram US$ 571 milhões, um aumento de 6,2% na comparação com fevereiro de 2022.

Já as despesas líquidas em viagens internacionais recuaram 23,9% e somaram US$ 339 milhões, com aumentos de 47,2% (para US$ 529 milhões) nas receitas e de 7,9% nas despesas (para US$ 868 milhões).

O déficit em renda primária somou US$ 3,4 bilhões em fevereiro de 2023, redução de 33,5% comparativamente ao déficit de US$5,2 bilhões em fevereiro de 2022.

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As despesas líquidas de lucros e dividendos, associadas aos investimentos direto e em carteira, totalizaram US$ 2,1 bilhões, ante US$ 2,9 bilhões em fevereiro de 2022.

As despesas líquidas com juros somaram US$ 1,4 bilhão em fevereiro, US$ 887 milhões inferiores ao resultado de fevereiro de 2022, influenciadas por menores despesas brutas em operações intercompanhias e maiores receitas.

Investimento direto

Os investimentos diretos no país (IDP) registraram ingressos líquidos de US$ 6,5 bilhões em fevereiro de 2023, ante US$ 10,8 bilhões em fevereiro de 2022. Houve ingressos líquidos de US$ 4,9 bilhões em participação no capital e de US$ 1,6 bilhão em operações intercompanhia.

O IDP acumulado em 12 meses totalizou US$ 88,0 bilhões (4,49% do PIB) em fevereiro de 2023, ante US$ 92,3 bilhões (4,75% do PIB) no mês anterior e US$ 50,2 bilhões (3,01% do PIB) em fevereiro de 2022.

Os investimentos em carteira no mercado doméstico totalizaram ingressos líquidos de US$ 553 milhões em fevereiro de 2023, resultado de ingressos líquidos de US$ 236 milhões em ações e fundos de investimento e de US$ 317 milhões em títulos de dívida. Nos doze meses encerrados em fevereiro de 2023, os investimentos em carteira no mercado doméstico somaram ingressos líquidos de US$ 3,5 bilhões.

Reservas internacionais

As reservas internacionais atingiram somaram US$ 328,1 bilhões em fevereiro de 2023, um recuo de US$ 3,0 bilhões em relação ao mês anterior. A redução decorreu, principalmente, de contribuições negativas de variações por preços, US$ 3,7 bilhões, e por paridades, US$ 2,2 bilhões.

O retorno líquido em operações de linhas com recompra totalizou US$ 2,5 bilhões e as receitas de juros somaram US$ 521 milhões.

 

 

 

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