O dólar à vista completou nesta terça-feira a quarta sessão consecutiva de queda ante o real, em meio à percepção de que os EUA tendem a não elevar os juros em sua próxima reunião, na semana que vem, o que mantém o Brasil atrativo para os investidores internacionais.
O dólar à vista fechou o dia cotado a R$ 4,9118 na venda, com baixa de 0,39%. Em quatro sessões, a moeda norte-americana acumulou queda de 3,16%.
Na B3, às 17h18 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,43%, a R$ 4,9345.
A moeda norte-americana chegou a subir pela manhã, marcando a máxima da sessão, de R$ 4,9570 (+0,53%), às 10h40. Mas antes do meio-dia o dólar já havia migrado para o território negativo, com a leitura de que o Brasil segue atrativo para os investidores.
“O desempenho da economia norte-americana não está tão pujante, o que mostra que o Fed pode não subir sua taxa de juros. E como a nossa taxa continua alta, o investidor prefere colocar o dinheiro aqui”, comentou Mário Battistel, gerente de câmbio da Fair Corretora.
Como tem ocorrido em sessões recentes, permanece a leitura de que enquanto a taxa básica Selic seguir em 13,75% ao ano, com o juro norte-americano na faixa de 5,00% a 5,25% ao ano, o diferencial de juros segue favorável ao Brasil, o que atrai investimentos.
Battistel cita ainda a perspectiva de uma boa safra favorecendo a exportação de commodities e a entrada de moeda estrangeira no país.
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“Embora a maioria dos preços das commodities esteja tendo um desempenho negativo no ano, as altas quantidades exportadas estão levando a superávits recordes na balança comercial do Brasil”, pontuou em relatório a consultoria hEDGEpoint Global Markets.
O recuo do dólar também esteve em sintonia com o movimento da moeda norte-americana ante boa parte das divisas de exportadores de commodities ou emergentes no exterior.
No fim da tarde, o dólar mantinha perdas ante divisas como o peso mexicano e o peso chileno. Em relação às moedas fortes, o dólar tinha leve alta.
Às 17h18 (de Brasília), o índice do dólar – que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas – subia 0,14%, a 104,150.
No Brasil, pela manhã, o Banco Central vendeu todos os 16.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados na rolagem dos vencimentos de julho.
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