O dólar registra uma sessão de alta em relação ao real na sessão desta quinta-feira (3), após o corte acima do esperado por boa parte do mercado da Selic na decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) na véspera. Na reunião concluída ontem, a quinta de 2023, a autoridade cortou a taxa Selic em 0,50 ponto percentual, para 13,25% ao ano.
Às 9h15 (horário de Brasília), o dólar comercial subia 0,99%, a R$ 4,852 na compra e R$ 4,853 na venda, atingindo R$ 4,87 na máxima do dia.
O nível dos juros é apontado como um apoio para o real ao torná-lo mais atraente para estratégias de “carry trade”, que buscam lucrar com diferenciais de custos de empréstimo entre economias.
No entanto, alguns participantes do mercado argumentam que, mesmo após o início do afrouxamento da política monetária do BC, a Selic seguirá em nível restritivo, dando suporte à moeda brasileira, ao mesmo tempo que prevalece uma visão mais otimista sobre a conjuntura doméstica. Soma-se a visão de que o corte de juros pelo Copom favorece a entrada de fluxo estrangeiro em renda variável por aqui, o que poderia compensar a menor atratividade do carry trade.
Contudo, o movimento de curto prazo é de alta para o dólar.
Cabe destacar que a sessão também é de aversão ao risco para os principais índices mundiais, o que também favorece a busca por ativos considerados mais seguros, entre eles o dólar.
O movimento de queda do mercado segue a sessão da véspera, com aversão ao risco após a Fitch Ratings cortar o rating de longo prazo dos Estados Unidos para AA+ de AAA na terça-feira, citando a “esperada deterioração fiscal” nos próximos três anos, bem como o enfraquecimento da governança.
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