O dólar registrava um dia entre estabilidade e leves perdas frente ao real nos primeiros negócios desta sexta-feira (14), após sequência de perdas acentuada que deixa a divisa americana a caminho de registrar forte desvalorização semanal.
O dólar comercial chegou a recuar novamente a R$ 4,90 nas primeiras negociações da sessão; já às 9h38 (horário de Brasília), a baixa da divisa americana era de 0,14%, a R$ 4,919 na compra e na venda.
Na véspera, o dólar à vista fechou o dia cotado a R$ 4,926 na compra e na venda, em baixa de cerca de 0,3%. Este foi o menor valor de fechamento para a moeda norte-americana desde 9 de junho de 2022. Nas últimas três sessões completas, o dólar acumulou baixa de 2,7%.
Ontem, mais um dado de inflação veio abaixo do esperado nos EUA e contribuiu para o cenário de queda da moeda. O Índice de Preços ao Produtor (PPI, na sigla em inglês) caiu 0,5% em março em dados dessazonalizados, ante queda de 0,1% em fevereiro. O consenso Refinitiv apontava para estabilidade no mês e alta de 3,0% no ano.
Também contribuindo para a queda da divisa, esteve o dado de pedidos de auxílio desemprego no país, que aumentou mais do que o esperado na semana passada, mais um sinal de que as condições do mercado de trabalho estão se afrouxando à medida que os custos de empréstimos mais altos afetam a demanda na economia. Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego aumentaram em 11.000, para 239.000 em dado com ajuste sazonal na semana encerrada em 8 de abril. Economistas consultados pela Reuters previam 232.000 pedidos para a última semana.
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Já na quarta, o mercado de câmbio já havia refletido o resultado da inflação em março a partir da avaliação de que a desaceleração dos preços pode levar o Fed a antecipar o fim do ciclo de aperto monetário.
“O grande fator para a queda do dólar é certamente a mudança da perspectiva para a política monetária americana. A projeção para os FedFunds no fim do ano caiu recentemente de 5,60% para 4,38%. Isso teve grande impacto no valor do dólar frente a divisas emergentes”, afirmou o economista-chefe do Banco Pine, Cristiano Oliveira. “O resultado aumentou as apostas de que o Fed (o banco central americano) pode ser menos duro na alta de juros, o que foi positivo para moedas emergentes”, completou a economista Cristiane Quartaroli, do Banco Ourinvest.
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