O Ibovespa Futuro opera com baixa nos primeiros negócios desta quarta-feira (18), em meio à expectativa pelo início de um ciclo de afrouxamento monetário nos Estados Unidos e de aperto no Brasil.
Os mercados financeiros estão precificando totalmente um corte de ao menos 0,25 ponto, com as chances de uma redução de 0,5 ponto em 61%, de acordo com dados do LSEG, contra 14% há uma semana. A decisão do Fed será publicada hoje às 15h (horário de Brasília).
Na contramão, o BC brasileiro deve elevar a taxa Selic, atualmente em 10,5%, com investidores vendo um aumento de 0,25 ponto. Com isso, o Banco Central deve dar início a um curto ciclo de aperto monetário diante das pressões inflacionárias e indo na direção oposta de seus pares.
Além disso, analistas do BBI, esperam alguma pressão em função dos riscos fiscais crescentes, mesmo diante da expectativa do Governo em arrecadar até R$ 3,4 bilhões este ano com autorização das bets, já que o Governo pode sofrer derrotas no Supremo Tribunal Federal (STF) em ações que questionam a Reforma da Previdência, com impacto potencial de pelo menos R$ 132,6 bilhões nas contas públicas.
Às 9h08 (horário de Brasília), o índice futuro com vencimento em outubro caía 0,28%, aos 135.895 pontos.
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Em Wall Street, o Dow Jones Futuro operava com alta de 0,10%, S&P500 subia 0,08% e Nasdaq Futuro avançava 0,15%.
Ibovespa, dólar e mercado externo
O dólar comercial operava com baixa de 0,30%, a R$ 5,472 na compra e R$ 5,473 na venda, após a divisa emplacar a quinta sessão consecutiva de queda no Brasil na véspera, fechando abaixo dos R$ 5,50, em meio à expectativa de que o Brasil atraia mais recursos financeiros com a combinação entre alta de juros no país e corte de taxas nos EUA.
Já o dólar futuro (DOLFUT) recuava 0,16%, indo aos 5.479 pontos.
No mercado de commodities, os preços do petróleo operam em baixa, apagando parte dos ganhos das sessões passadas, enquanto investidores avaliam indicações de estoques mais altos nos EUA, tensões crescentes no Oriente Médio e a trajetória da taxa de juros do Fed.
As cotações do minério de ferro na China fecharam em baixa, registrando sua maior queda diária em quase dois anos nesta quarta, pressionados pelas perspectivas de maior oferta global e enfraquecimento da demanda chinesa por aço.
Os mercados da Ásia-Pacífico fecharam com alta, à medida que investidores digerem dados econômicos do Japão antes da decisão de juros nos Estados Unidos. As importações e exportações do Japão em agosto aumentaram 2,3% e 5,6%, respectivamente, em relação ao ano passado, ambas abaixo das estimativas da pesquisa da Reuters de crescimento de 13,4% e 10%.
Os mercados da Coreia do Sul e de Hong Kong estão fechados hoje, enquanto os mercados da China continental retomarão as negociações após um feriado nacional de três dias.
(Com Reuters)
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