A taxa de câmbio é o preço em moeda nacional de uma divisa estrangeira. No caso do Brasil, é o valor em reais do dólar, ou do euro ou de qualquer moeda. O dólar norte-americano é utilizado como padrão monetário nas transações internacionais e serve como referência para outras divisas.
É geralmente frente ao dólar que se monitoram as oscilações de uma moeda, se ela está valorizada ou não. Mesmo as divisas mais fortes, como o euro, a libra esterlina e o iene japonês.
Há, por exemplo, um índice norte-americano que mede o dólar frente a uma cesta de seis outras divisas de países desenvolvidos, o US Dollar Index (DXY). É utilizado por operadores de câmbio do mundo todo como termômetro do mercado.
Se o DXY avança, significa que o dólar está se valorizando frente a outras moedas fortes. Se desce, está se desvalorizando. Fazem parte da cesta o euro, o iene, a libra, o dólar canadense, a coroa sueca e o franco suíço, com diferentes pesos cada. A divisa da União Europeia tem participação de 57,6%.
No Brasil, taxa de câmbio é praticamente sinônimo de preço do dólar em reais. Neste guia, quando falarmos em câmbio, estaremos nos referindo majoritariamente às trocas entre estas duas moedas. Mas a lógica das explicações vale para intercâmbios do real com quaisquer divisas.
O câmbio não só influencia os investimentos, mas a economia como um todo. Várias cadeias produtivas dependem de insumos importados, negociados em dólar. Portanto, a formação dos preços das mercadorias no mercado doméstico é afetada pelas oscilações cambiais, e isso tem grande impacto na inflação.
Mesmo itens produzidos internamente, como commodities agrícolas e metálicas, têm cotações fixadas em dólar, então as variações do câmbio influenciam no valor desses produtos em reais.
Todos os negócios do Brasil com o exterior, sejam financeiros ou comerciais, exigem uma operação cambial.
Na seara dos investimentos, muitas das aplicações financeiras disponíveis têm algum nível de exposição direta ou indireta ao câmbio.
Passamos a detalhar estes temas a seguir.
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O que é taxa de câmbio?
O câmbio é a troca da moeda de um país pela de outro. A taxa de câmbio é o preço em moeda nacional de uma divisa estrangeira. Quando você compra dólares para viajar aos Estados Unidos, por exemplo, está fazendo câmbio. O valor em reais de cada dólar é a taxa de câmbio.
Se levarmos em consideração a cotação do dólar em 14 de março de 2023, a taxa de câmbio era de R$ 5,25 por US$ 1,00.
No Brasil, o mercado de câmbio é regulado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e pelo Banco Central. As instituições autorizadas a operar no mercado de câmbio pelo BC são bancos, casas de câmbio, corretoras e distribuidoras de títulos e valores mobiliários, financeiras e agências de fomento.
O mercado de câmbio é formado ainda por pessoas físicas e empresas que compram e vendem moeda estrangeira, como turistas e companhias que fazem negócios com outros países.
Para a compra de moeda estrangeira, fora a taxa de câmbio, o interessado deve levar em conta o valor efetivo total (VET). Além do preço da divisa, o VET inclui os custos em reais do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e tarifas e/ou comissões eventualmente cobradas pela instituição que vende. Quando você for comprar dólar num banco ou casa de câmbio, vai pagar o VET e não somente a cotação da moeda naquele dia.
Como tarifas e comissões podem variar de uma instituição para outra, não basta o interessado olhar a taxa de câmbio. É importante verificar o VET e comparar os valores praticados por diferentes operadores para encontrar as melhores condições. A casa que tem a melhor taxa pode não ter o VET mais baixo.
“No câmbio turismo, por exemplo, quando as pessoas compram dólares nas casas de câmbio, há um ‘spread’”, explica o coordenador de Digital Banking da Trevisan Escola de Negócios, Acílio Marinello. Esse “spread” inclui a remuneração que a empresa recebe para fazer o câmbio.
“Em transações de até US$ 100 mil, a instituição é obrigada pelo Banco Central a mostrar o VET”, diz Evandro Cassiano, head de Câmbio da fintech Trace Finance. Isso porque as tarifas pesam mais em operações menores, ao passo que são diluídas em grandes volumes.
O alíquota do IOF varia dependendo do objetivo da operação, podendo até haver isenção. Para a compra de moeda estrangeira em espécie, o IOF é de 1,1%. Nas compras internacionais com cartão de crédito, a alíquota era de 6,38%, mas passou para 5,38% em 2 de janeiro de 2023 e será reduzida ano a ano até chegar a zero em 2028, se o governo não alterar decreto sobre o tema.
Para remessas ao exterior, o IOF é de 1,1% se for entre contas de mesma titularidade e de 0,38% em caso de titularidades diferentes. Para remessas do exterior ao Brasil, o alíquota é de 0,38%.
O site do banco central tem um Ranking do VET, que permite pesquisar quanto você vai pagar no total em diferentes instituições em operações de câmbio.
Como funciona a taxa de câmbio?
A taxa de câmbio é definida pelo mercado, ou seja, pactuada pelas instituições autorizadas pelo Banco Central a operar e seus clientes. Diferentes fatores influenciam na formação da taxa, tanto internos como externos, mas via de regra impera a lei da oferta e da procura.
A quantidade de moeda estrangeira disponível no mercado importa. O dólar norte-americano é a divisa padrão nas transações internacionais, mas a mesma lógica vale para outras divisas, como o euro, a libra esterlina e o iene japonês. Se há muita demanda e pouca moeda disponível, o preço sobe. Caso contrário, a tendência é cair.
Divisas pouco procuradas no mercado doméstico costumam carecer de liquidez e, por isso, podem custar mais caro do que no país de origem. Ao fazer uma viagem internacional, pode ser mais vantajoso comprar moedas fortes e de grande aceitação, como dólar e euro, e trocá-las pela moeda local ao chegar no destino.
Acontecimentos de grande impacto, sejam políticos, econômicos, internacionais ou naturais, afetam o câmbio. Alguns exemplos: eleições presidenciais no Brasil, guerra na Ucrânia e pandemia de Covid-19. Momentos de incerteza induzem busca por segurança. É comum o aumento da procura por divisas fortes em situações assim, em detrimento das mais fracas. É por isso que o real tende a se desvalorizar frente ao dólar em períodos de crise.
A própria dinâmica dos mercados contribui. Os Estados Unidos são a maior economia do mundo, o dólar é a moeda mais aceita e os títulos do Tesouro dos EUA, os Treasuries, são os investimentos mais seguros de todos. De forma geral, os países desenvolvidos são considerados mais seguros do que os emergentes, como Brasil. Nesse sentido, grandes investidores tendem a buscar refúgio em mercados maduros em momentos de turbulência.
“Os grandes investidores tiram recursos do Brasil e levam para os Estados Unidos, por exemplo, o que faz com que o mercado local perca liquidez”, observa Marinello. Em tal cenário, o dólar sobe.
O fluxo cambial é uma fator muito importante na formação da taxa de câmbio. Trata-se do volume de moeda estrangeira que entra e sai do País em determinado período. Isso ocorre em duas frentes: a financeira e a comercial. A primeira inclui investimentos em títulos, remessas de lucros e dividendos ao exterior, investimentos estrangeiros diretos e outras operações.
Os recursos aplicados por estrangeiros na bolsa de valores brasileira entram nesta conta, assim como as remessas de lucros que as empresas multinacionais fazem para suas matrizes lá fora.
Na seara comercial, entram as operações relacionadas às exportações e importações de produtos e serviços.
Se entra mais moeda estrangeira no país do que sai, o fluxo é positivo, o que tende a favorecer a moeda local. No caso, o real. Se entram menos divisas externas, como o dólar, do que saem, então o fluxo é negativo e a tendência é de desvalorização do real.
“Muitas das grandes multinacionais costumam remeter lucros para as matrizes no final do ano, então há nesta época uma tendência de aumento do dólar, por exemplo”, afirma Marinello.
A balança comercial tem forte influência no fluxo. Se um país exporta mais do que importa, sua balança é superavitária, e entram mais divisas internacionais por este canal do que saem. Caso contrário, é deficitária, e o saldo em moeda estrangeira é negativo.
“Grandes exportadores como os países europeus e a China atraem mais moeda estrangeira do enviam ao exterior”, observa Marinello.
Como é definida a taxa de câmbio e o valor do dólar?
O valor do dólar no Brasil é definido pelo mercado com base na lei da oferta e da procura. A oferta e a procura, por sua vez, são influenciadas por todos os fatores citados acima. Quando você checa a cotação do dólar num site de notícias, está vendo o dado de negociação no dia até aquele momento. Num jornal impresso, a cotação é a do fechamento do dia anterior.
O que são regimes cambiais e quais os principais?
Regimes cambiais são as diferentes formas de fixação do valor de moedas estrangeiras adotadas pelos países. O regime pode ser fixo, flutuante ou híbrido. A terminologia varia de acordo com a fonte.
No regime fixo, a taxa de câmbio é definida pela autoridade monetária. Para mantê-la, o banco central compra e vende dólares com o uso das reservas internacionais.
No flutuante, as cotações oscilam livremente, de acordo com a oferta e a demanda. Oficialmente, esse é o regime adotado no Brasil.
Especialistas, no entanto, qualificam o modelo adotado no País como “flutuante sujo”, ou híbrido. O câmbio flutua livremente, mas o Banco Central pode agir para “manter a funcionalidade do mercado de câmbio”.
Embora o BC não tenha competência para definir a taxa de câmbio, no caso de grades oscilações a autoridade monetária pode atuar para dar maior estabilidade ao mercado.
“O Banco Central age indiretamente por meio de ‘swap’ cambial”, comenta Cassiano. “Swap” significa “troca” em inglês e designa um derivativo usado para trocar taxas de ativos financeiros entre instituições. No caso, o BC se compromete a pagar ao detentor do contrato no futuro a variação do dólar até lá e, em contrapartida, recebe a Selic do mesmo período. A Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira.
O objetivo é fazer “hedge” cambial, ou seja, o contratante quer se proteger contra variações excessivas da moeda norte-americana em relação ao real. Segundo o BC, “funciona como uma injeção de dólares no mercado futuro”. Na prática, o BC paga a variação do dólar no período e recebe em troca a remuneração da Selic.
Os contratos têm impacto sobre o valor do dólar futuro, pois esta é a natureza do derivativo. No câmbio, contrato de dólar à vista é aquele a ser liquidado em até dois dias. Acima disso, é dólar futuro. Ao injetar dólares no mercado futuro, o BC trabalha para evitar que a moeda norte-americana continue a se valorizar de forma excessiva ao longo do tempo.
O BC atua no mercado de câmbio também por meio de leilões de linha, que consistem na venda de dólares com compromisso de recompra, e venda direta de dólares no mercado. O objetivo é dar liquidez ao setor e evitar subidas excessivas do dólar. “São operações que mexem nas reservas internacionais, então não podem ser feitas sempre”, observa Cassiano.
Comercial e turismo
O leitor não deve confundir o conceito de regime cambial com as diferentes designações de taxas praticadas no mercado, como dólar comercial e turismo.
O câmbio “turismo” diz respeito a operações de compra e venda de dólar ou outra moeda para viagens internacionais, geralmente em espécie.O câmbio “comercial” refere-se a operações de compra e venda de dólar ou outra divisa para atividades comerciais, como exportações, importações e remessas financeiras.
O dólar turismo é mais caro do que o comercial porque os montantes envolvidos são menores e os custos, maiores. O dólar comercial é negociado entre instituições financeiras e empresas, as transações ocorrem em meio eletrônico e envolvem grandes volumes.
O câmbio turismo tem o comercial como base, mas é acrescido de um “spread”, que envolve os custos operacionais e o lucro de quem vende. Na entrega de dinheiro físico, por exemplo, há custos de transporte e guarda.
Há ainda a taxa Ptax, que o Banco Central calcula com base em consultas ao longo do pregão a grandes instituições financeiras que atuam forte no setor de câmbio. É a taxa divulgada no site do BC e serve como referência, mas não é uma taxa “oficial” e muito menos obrigatória.
“A Ptax é um termômetro de como os bancos estão operando”, observa Marinello. “É uma referencia contratual”, acrescenta Cassiano. É usada como parâmetro para quem tem rendimentos ou investimentos em moedas estrangeiras.
Há também taxas diferentes para compra e para venda. A perspectiva é a da casa de câmbio ou banco. Taxa de venda é quanto a instituição cobra para vender dólar para você, e taxa de compra é quanto ela paga para comprar seus dólares.
Existe ainda o câmbio paralelo, muito comum no Brasil pré-Plano Real e ainda ativo nas ruas. Este é o câmbio informal, na verdade ilegal, feito por indivíduos, sem registro, sem autorização do BC e sem nenhuma garantia.
Como a taxa de câmbio é calculada?
A taxa de câmbio é o valor de uma divisa estrangeira em moeda local. Se considerarmos que a cotação do dólar é R$ 5,25, então para comprar US$ 1 mil, por exemplo, basta multiplicar 1.000 por 5,25, o que dá R$ 5.250,00.
Por outro lado, se você tem R$ 1 mil e quer saber quanto esse montante representa em dólares, então divida 1.000 por 5,25, o que resulta em US$ 190,48.
Como a taxa de câmbio influencia nos investimentos?
A taxa de câmbio influencia não só diversos investimentos, mas a economia como um todo. “Todo mundo está exposto ao câmbio de alguma forma”, comenta Cassiano.
Muitos dos produtos que nós consumimos no Brasil sofrem influência do dólar, seja porque são importados, ou porque contêm matérias-primas e insumos importados em sua composição, ou porque são cotados em dólar. Nesse sentido, o câmbio tem forte impacto na inflação e, consequentemente, no dia a dia das pessoas.
Combustíveis derivados de petróleo, como gasolina, diesel e gás de cozinha, por exemplo, são em parte importados no Brasil e o petróleo em si é cotado em dólar. Lembre-se, o dólar é a divisa padrão das transações internacionais, então quando a moeda norte-americana se valoriza, os combustíveis tendem a subir de preço em real, pressionando a inflação.
Da mesma forma, apesar de o Brasil ser grande produtor agrícola, os fertilizantes utilizados no País são majoritariamente importados. Portanto, quando a divisa dos Estados Unidos aumenta, esses insumos ficam mais caros em real e fazem avançar os custos da produção rural.
Outro exemplo: boa parte do trigo consumido no Brasil é importado. Nesse sentido, a valorização do dólar tem impacto no custo da farinha de trigo e, por consequência, no pãozinho francês.
O câmbio afeta os preços das commodities, as matérias-primas agrícolas, minerais e ambientais produzidas em larga escala e utilizadas ao redor do mundo, caso da soja, açúcar, milho, café, minério de ferro, cobre, ouro, petróleo, madeira e outras. São produtos negociados em bolsas de mercadorias e cotados em dólar no mercado internacional.
O câmbio tem impacto também nas dívidas de empresas brasileiras que tomam empréstimos no exterior.
Na outra mão, o câmbio tem forte influência no desempenho das companhias exportadoras e nas exportações brasileiras em geral. Com a valorização da moeda norte-americana, essas companhias ganham mais em reais pelo mesmo preço cobrado em dólar.
Além disso, produtos brasileiros precificados em real tornam-se mais baratos em dólar e, portanto, mais atrativos para os consumidores estrangeiros. A indústria calçadista é um exemplo de setor cujas exportações são beneficiadas quando o dólar se valoriza frente ao real.
Se o câmbio afeta a economia real, afeta também os investimentos. Em primeiro lugar, o óbvio: influencia os investimentos de quem aplica em moedas estrangeiras. “Mas o dólar não deve ser considerado investimento, pois oscila muito”, observa Cassiano.
As pessoas devem comprar moedas estrangeiras por necessidade (viagem, negócios, investimentos) ou, no caso de divisas fortes, segundo ele, para ter maior segurança. “Num momento de crise, estar exposto a uma moeda sólida dá mais segurança”, afirma o executivo.
Outro exemplo é o dos fundos cambiais, cujo patrimônio é composto majoritariamente por ativos expostos a moedas estrangeiras. Podem ser as próprias moedas, títulos referenciados em divisas internacionais, derivativos e outros. Essas aplicações, logicamente, sofrem os efeitos das variações cambiais e servem muito para fazer “hedge”, ou seja, proteger patrimônio destas oscilações.
No Brasil, há muita volatilidade no mercado de câmbio, então tentar adivinhar se o dólar vai subir ou cair é missão impossível. Quando alguém aplica reais num fundo cambial – o equivalente a US$ 1 mil, por exemplo –, sabe que vai conseguir resgatar lá na frente o equivalente em reais a US$ 1 mil, tenha a taxa de câmbio subido ou caído. A ideia é “congelar” o valor do dólar de hoje para uso futuro. Se houver valorização, melhor ainda.
É por causa desta volatilidade que os educadores financeiros sugerem a pessoas que vão viajar ao exterior comprar dólar aos poucos, pagando as diferentes taxas praticadas ao longo de um período. Assim, ao final, terá pago uma taxa média. Nem a mais alta, nem a mais baixa.
Como exercício, Marinello sugere ao investidor acompanhar as previsões sobre o câmbio do boletim Focus, divulgado semanalmente pelo Banco Central. Trata-se de uma pesquisa feita com instituições financeiras com projeções para diversos indicadores macroeconômicos.
O Focus traz estimativas de câmbio para o final desde ano e dos próximos três. Não é uma bola de cristal, mas mostra qual é a tendência esperada pelo mercado com base nas informações disponíveis hoje. Se amanhã as condições macroeconômicas mudarem, as projeções provavelmente também serão modificadas.
Ainda na seara dos investimentos, qualquer aplicação que tenha alguma exposição a moedas estrangeiras será mais ou menos influenciada pela variação do câmbio.
Fundos que investem em ativos estrangeiros, como ações e renda fixa, por exemplo, podem ou não ter exposição ao risco cambial. Nesse caso, o investidor deve verificar se o fundo é ou não “hedgeado”. Se for, quer dizer que o gestor adota alguma estratégia de proteção para as oscilações do dólar ou outra moeda estrangeira.
Fundos multimercados podem também ter exposição a moedas estrangeiras, e a influência das variações cambiais vai depender do tamanho desta exposição.
No mercado de ações, papeis de grades exportadoras tendem a se beneficiar da valorização do dólar, pois isso pode turbinar suas receitas em reais. Na outra mão, companhias que dependem muito de insumos importados, como as de medicamentos, têm os custos reduzidos com a desvalorização da moeda norte-americana e, eventualmente, condições de aumentar suas margens.
Investimento no exterior
Hoje, bancos e corretores permitem que seus clientes invistam diretamente em ativos estrangeiros por meio de plataformas digitais, como títulos de renda fixa dos EUA e ações. Obviamente, o câmbio é um fator importante, até porque o investidor terá que fazer antes uma operação cambial para realizar a aplicação.
Neste caso, Marinello aconselha que o investidor “abstraia” o risco cambial. O objetivo aí não é ganhar com a valorização do dólar. Não é também uma estratégia indicada para quem se assusta facilmente a ponto de fugir do investimento se houver desvalorização da moeda norte-americana.
A ideia neste caso é ter parte do patrimônio aplicado em ativos internacionais denominados em moeda forte e, portanto, protegida de eventuais problemas que atinjam a economia brasileira. É uma forma de diversificação.
Marinello ressalta, porém, que para pequenos investidores, que ainda tateiam o mercado, há opções locais mais simples e rentáveis, e que contam com o Fundo Garantidor de Crédito (FGC), instrumento que protege os credores em caso de calote do devedor.
O FGC protege aplicações de até R$ 250 mil por CPF ou CNPJ em depósitos à vista, Poupança, CDBs (Certificados de Depósitos Bancários), RDBs (Recibos de Depósitos Bancários), LCIs (Letras de Crédito Imobiliário), LCAs (Letras de Crédito do Agronegócio), LCs (Letras de câmbio) e LHs (Letras Hipotecárias).
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